Um grupo de destacados militantes do PS subscreveu um abaixo-assinado pedindo aos deputados socialistas do Parlamento Europeu para, «com insistência e urgência, usarem toda a influência para conseguirem um acordo de cessar-fogo imediato na cidade de Bissau que permita a entrada de alimentos e o socorro às populações».
No documento, os militantes socialistas consideram que «um cessar-fogo, mesmo que no início limitado no tempo, poderá criar uma dinâmica de paz que impeça o alastrar da guerra a toda a República da Guiné-Bissau, o que a verificar-se terá consequências catastróficas e incontroláveis para a população e para a região».
Assinam o abaixo-assinado, entre outros, os camaradas José Lamego, José Leitão, Pedro Bacelar de Vasconcelos, João Soares, Gualter Basílio, Maria Beatriz Rocha Trindade, Fernando Gameiro, Rui Romano, Filipe Paulo e Celeste Correia.
O secretário-geral do PS, António Guterres, participou no dia 18, em Willy Brandt-Haus, Berlim, no simpósio internacional «Construir a Globalização», promovido por Felipe González e Oskar Lafontaine.
O líder do PS fez uma intervenção no painel «Perspectivas de uma Política Social-Democrática e Socialista na Europa».
Foram também oradores neste tema Felipe González, presidente da Comissão, Gerhard Schroder, candidato a chanceler da Alemanha, e Joaquin Almunia, secretário-geral do PSOE.
O secretário nacional do PS, António José Seguro, acusou no dia 22, domingo, o PSD de apenas se aliar ao PP «para atrapalhar o Governo», pretendendo apenas o líder laranja «conquistar votos para reanimar a clientela laranja».
O dirigente nacional do PS falava durante o encerramento do IX Congresso Federativo do PS/Baixo Alentejo que decorreu em Cuba, uma das duas autarquias que o PS conquistou na região nas últimas eleições autárquicas.
«A oposição no nosso país nem sempre prima pela responsabilidade e sentido de Estado, optando agora, tal como no passado, por coligações que visam apenas um sentido negativo, atrapalhando o Governo na resolução dos problemas», disse.
Para António José Seguro, o líder do PSD «não se importa com convicções ou ideias, sobrepondo na sua acção a simples táctica politico-partidária e traindo o que defendeu no passado».
Ao exemplificar, o socialista lembrou a posição que Marcelo Rebelo de Sousa defendeu no passado quanto à regionalização, em relação à qual «sempre se assumiu como um regionalista convicto», referindo que o líder laranja afirma agora que votará contra.
«Marcelo Rebelo de Sousa dá constantemente o dito pelo não dito apenas para estar contra o Governo», assegurou.
Quanto à aliança entre laranjas e populares, António José Seguro disse que o «PSD e o seu líder já esqueceram, através de uma cambalhota, o combate que levaram a cabo contra o radicalismo de direita do CDS-PP».
O que interessa ao dirigente laranja, é, na opinião de António José Seguro, «a aritmética dos votos de modo a tentar substituir o PS no Governo, para criar novamente a clientela laranja com que dominou o País até há dois anos atrás».
O secretário nacional do PS, que durante o seu discurso defendeu a regionalização, visto o presidente da Federação do PS/Baixo-Alentejo, Gavino Paixão, ter anunciado durante o congresso que irá votar contra a criação de apenas uma região alentejana, fez questão de frisar que «os limites geográficos não são importantes».
O camarada António José Seguro elogiou Gavino Paixão, que tomou posse como novo presidente e viu a sua moção ser aprovada durante o Congresso.
Gavino Paixão, depois de toda a polémica que girou em seu torno durante a campanha eleitoral, foi o vencedor do Congresso da Federação, conseguindo a aprovação da sua moção «Por uma Nova Maioria» (por 158 votos contra 91) e elegendo 24 elementos para a Comissão Política, contra 15 do seu opositor derrotado, Francisco George.
O tema do referendo sobre a despenalização do aborto não foi também esquecido neste muitas vezes acalorado Congresso, tendo Gavino Paixão declarado aos jornalistas presentes que irá fazer campanha pelo «Sim», pois, na sua opinião, «cada mulher é livre de optar pelo caminho que escolher, por mais difícil e doloroso que ele seja».
A Secção de Campo de Ourique, liderada pelo camarada Flávio Fonte, assinalou, no dia 3, o seu 24º aniversário com um jantar-convívio no restaurante «Central do Salitre».
Destaque para a presença dos camaradas António José Seguro, Sérgio Sousa Pinto, Miguel Coelho e Mário Paiva, que fizeram intervenções políticas e de Rui Pedro Soares, Sérgio Cintra e Dias Baptista.
Foi pois num clima de afirmação dos valores da liberdade, igualdade e fraternidade que decorreu esta jornada de confraternização entre cerca de 90 militantes socialistas.
Num comunicado, o Secretariado da Ilha do Corvo do PS congratulou-se «com a visita do Governo Regional a esta ilha pelas medidas positivas, que correspondem ao cumprimento de tudo o que foi anunciado na visita do ano transacto e, simultaneamente, garantem a perspectiva de desenvolvimento justo para a Ilha do Corvo».
Na verdade, refere o comunicado, «quer ao nível da educação, das obras públicas, do apoio aos idosos, da actividade dos lacticínios estão em curso investimentos que permitem dizer que o Governo Regional dos Açores olha o Corvo como uma ilha com iguais direitos e deveres».
O Secretariado da Ilha do Corvo do PS/Açores «releva em especial a decisão da consignação da obra de ampliação do Porto da Casa como medida que prova, inequivocamente, ser este um Governo de palavra e com vistas largas».
Por outro lado, «ficou demonstrado que os investimentos do Governo Regional na Ilha do Corvo são estruturantes para o desenvolvimento da ilha e não se confundem com a política de capelinhas que alguns teimam em querer, procurando confundir a paternidade dos investimentos».
O PS/Corvo «tudo fará para que os corvinos continuem a ter a atenção que merecem do seu Governo».
Saiu o número 16 do boletim informativo «Socialista» da Secção do PS da RTP, que tem como coordenador o camarada José Ramos e Ramos.
Destaque nesta edição para a entrevista com Arons de Carvalho, secretário de Estado da Comunicação Social.
Na entrevista, Arons de Carvalho, fundador e militante do PS desde sempre, afirma pretender na RTP 1 «um serviço público que tenha uma programação equilibrada, desde o entretenimento - futebol e novelas, por exemplo - a programas de características formativas».
Para Arons de Carvalho, «programação de serviço público é aquela que, com qualidade, preenche as necessidades de informação, formação e entretenimento da generalidade dos portugueses».
Arons de Carvalho, na entrevista, considera que a RTP tem, com os seis canais, «estruturas muito vastas». Por isso, defendeu que tem de ser «aligeirada e agilizada através da criação de uma "holding" e da sua divisão em várias empresas, onde em algumas haverá a participação de capital privado».
Quanto a possíveis despedimentos na construção da nova estrutura, Arons de Carvalho considerou ser uma questão que «tem de ser vista pela administração da empresa», mas foi peremptório ao afirmar que «nunca haverá qualquer despedimento colectivo com este Governo».
Arons de Carvalho disse ainda que na direita, PSD e PP, não há nenhuma reflexão sobre a televisão, ao contrário do PS onde «há um conjunto de pessoas que desde há muitos anos estudam a Comunicação Social».
«Nós não acordámos ontem para estas questões. Essa é a diferença entre o PS e o PP e o PSD. Mas eles não se inibem de falar sobre o que não sabem e, por isso, dizem muitas vezes disparates», disse.
Destaque ainda nesta edição do boletim informativo da Secção do PS da RTP para a transcrição da importante intervenção do camarada António Reis na Assembleia da República sobre a Lei de Televisão, em que faz «a defesa objectiva e rigorosa de um serviço público necessário e livre de pressões e submissões».
Na intervenção, António Reis refere que «a televisão pública deve ser vista como um operador com uma programação de referência, pautada por critérios de qualidade, de equilíbrio e diversidade na tripla componente da informação, da cultura e do entretenimento»
Para além de outras notícias, o «Socialista» dedica na sua última edição espaço às comemorações do 25º aniversário do PS e às reflexões de Jorge Sampaio sobre o audiovisual.