Emprego e Solidariedade
Ferro Rodrigues continua firme no combate à exclusão social. E porque o desemprego é o principal factor que conduz à exclusão, o ministro do Trabalho e da Solidariedade ataca as causas com medidas inovadoras como as «empresas de inserção», unidades para colocar desempregados e marginalizados no mercado de trabalho.
Para estas empresas que têm também como objectivo ser um instrumento de formação profissional, o ministro revelou no dia 18 que já estão disponibilizados dois milhões de contos.
Segundo Ferro Rodrigues, «o dinheiro que podia ser gasto em subsídios de desemprego passa a ser aplicado na inserção social, para que as pessoas desempregadas venham a ter um trabalho socialmente útil e possam mais tarde estar inseridos na concorrência e ter uma total autodeterminação para as suas vidas».
Trata-se, de acordo com a filosofia subjacente à criação das «empresas de inserção», de canalizar incentivos financeiros e fiscais para que as instituições sem fins lucrativos como cooperativas, autarquias, associações ou instituições particulares de solidariedade social, criem emprego para quem está excluído do mercado de trabalho.
Para Ferro Rodrigues, «o mercado social de emprego não deve ser limitado a actividades de carácter social, mas antes representar um passo para a integração plena dos indivíduos em situação de desfavorecimento».
(JCCB)
Ensinar adultos
O ministro-adjunto do primeiro-ministro, José Sócrates, e os secretário de Estado da Juventude e do Emprego, Miguel Fontes e Paulo Pedroso, respectivamente, presidiram, no dia 19, na Universidade da Beira Interior, Covilhã, à cerimónia de apresentação do Programa «Multimédia para Todos - Acções de Combate à Info-Exclusão».
O referido programa visa facultar aos adultos cursos de computadores ministrados por jovens em 270 centros espalhados por todo o País.
A apresentação do «Multimédia para Todos» foi efectuada em ligação directa com o secretário de Estado da Administração Educativa, Guilherme d’Oliveira Martins, através de uma vídeoconferência que pôs em contacto a Universidade da Beira do Interior com a Escola de Azeitão.
Terão acesso aos cursos todos os adultos desempregados inscritos nos Centro de Emprego e adultos envolvidos em campanhas de alfabetização do Ministério da Educação.
O ponto alto desta visita à Beira Interior de José Sócrates e de Miguel Fontes foi também o lançamento do Programa «InforJovem’98/99». Trata-se de uma iniciativa da Secretaria de Estado da Juventude que tem por objectivo a formação de mais de 200 jovens que posteriormente serão colocados nos Centros de Divulgação das Tecnologias e Informação existentes em Portugal e nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), onde irão exercer funções de formação.
A iniciativa tem início marcado para o dia 6 de Outubro próximo, prevendo-se que seja concluída seis meses depois.
Os destinatários do «InforJovem’98/99» são jovens dos 18 aos 24 anos de idade. Ao todo serão 214 formando nesta acção.
Recorde-se que desde 1986 o Programa «InforJovem» tem vindo a proceder à formação de milhares de jovens, registando-se em médias 3o mil inscrições anuais nos Centro de Divulgação das Tecnologias de Informação (CDTI’s).
Com a finalidade de assegurar o funcionamento dos CDTI’s e a qualidade pedagógica ao nível da transmissão de conhecimento na área da informática, o «InforJovem» forma os seus próprios monitores, através de acções de formação, tendo formado, entre 1986 e 1997, mais de 2 400 monitores.
Este programa é, pois, um importante contributo para a adequada formação e valorização doas jovens com vista ao alargamento dos seus conhecimentos e à sua integração na vida activa, bem como um meio fundamental de divulgação das tecnologias de informação em todos o nosso país, em particular nas regiões do interior.