Carreiras contributivas longas
Ferro Rodrigues revelou no dia 28 que o Governo está a estudar a hipótese de permitir aos trabalhadores que tenham carreiras contributivas mais longas antecipar o pedido de reforma.
«Esta hipótese está em estudo e, a acontecer, será numa base voluntária, mas obviamente as pessoas que o fizerem receberão reformas mais baixas do que obteriam se o fizessem na altura normal», afirmou o ministro do Trabalho e Solidariedade Social, que falava aos jornalistas à margem do Congresso «Exclusão Social no Espaço Ibérico», na Universidade Autónoma.
Intervindo na sessão de encerramento, Ferro Rodrigues destacou os objectivos do Plano Nacional de Emprego, que será apresentado no dia 15, em Bruxelas.
«O grande objectivo do plano é conseguir que daqui a quatro/cinco anos 10 por cento dos empregados com baixas qualificações frequentem acções de formação para as melhorarem», salientou o ministro do Trabalho e Solidariedade Social.
Ferro Rodrigues referiu ainda que com o plano, o Governo visa aumentar em 10 por cento/ano a formação dos jovens, e em 5 por cento a direccionada aos adultos desempregados de longa duração.
Outro objectivo do plano será o aumento dos estágios profissionais, que Ferro Rodrigues estima que possam atingir os 13 mil num horizonte de cinco anos.
«Com estas políticas pretendemos actuar contra o desemprego,
apesar de a nossa taxa não ser muito alta no contexto europeu, e
com isso contribuir para diminuir os casos de exclusão social, intimamente
ligados ao desemprego», concluiu Ferro Rodrigues.