Mais médicos

As quatro individualidades que vão integrar o grupo de trabalho encarregado de realizar um relatório sobre as condições de instalação de pelo menos uma nova unidade de ensino de Ciências da Saúde já estão escolhidas.

Em despacho conjunto, os ministros da Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia nomearam para o grupo o neurocirugião João Lobo Antunes, o professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa Diogo Lucena, o professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto Walter Osswald e o especialista em planeamento José Manuel Félix Ribeiro.

Integram ainda o grupo de trabalho interministerial o director do Departamento do Ensino Superior, Pedro Lourtie, o director-geral da Saúde, Constantino Sakellarides, e o presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia, Luís Magalhães.

Esta equipa, coordenada por Diogo Lucena, que terá de apresentar o relatório até 30 de Setembro, vai estudar a possibilidade de ser criada uma ou mais novas unidades de ensino de saúde de nível universitário, sendo que uma, a primeira, se situará obrigatoriamente no interior.

Segundo uma resolução do Conselho de Ministros de 11 de Março, na qual ficou decidida a criação do grupo, as unidades deverão associar o ensino da medicina ao de outras formações na área da saúde, promover a investigação especialmente nas áreas clínicas e articular-se com as instituições de prestação de cuidados de saúde da região na qual venham a localizar-se.

Na mesma resolução de Conselho de Ministros, o Governo decidiu que os ministérios da Educação e da Saúde deverão tomar medidas para assegurar o aumento progressivo de vagas nas escolas existentes a partir do próximo ano lectivo.

Estas duas decisões governamentais surgem na sequência da verificação da falta de médicos em Portugal, uma consequência da diminuição drástica do número de vagas nos cursos de medicina, que passaram de 1 100 em 79/80 para 230 em 86/87.