Sondagem DN/TSF/Universidade Moderna
O Partido Socialista conquistaria a maioria absoluta se as eleições legislativas ocorressem agora, revelam os dados relativos ao mês de Março registados pelo Barómetro DN/TSF/Universidade Moderna e divulgados no dia 27, no «Diário de Notícias».
Segundo os dados, o PS conquistaria 47,5 por cento dos votos, deixando o PSD para trás, com 29,5, seguido da CDU, com 8,8 e do Partido Popular com 3,9.
De Fevereiro para Março, houve uma queda acentuada de todos os partidos à esquerda e à direita do PS, refere o conceituado matutino.
Com estes resultados - depois de tratada a abstenção (27,8), mas sem a distribuição de indecisos (oito por cento) - o PSD, que tinha no mês passado, um «score» de 32 por cento e uma diferença de 13 pontos em relação ao resultado obtido pelos socialistas (44,9), sofre agora uma quebra na intenção de voto e passa para os 29,5 - uma diferença de 18 pontos em relação ao PS.
A CDU também registou uma quebra, tendo descido de 9,5 por cento em Fevereiro para 8,8 em Marco, diz o DN, informando que o CDS/PP também baixou de 4,3 para 3,9 por cento.
O «Diário de Notícias» esclarece que a subida do PS continua a explicar-se por ser o partido com maior fidelidade eleitoral, perdendo apenas 0,5 por cento dos votos
Só 74,2 por cento dos eleitores dos PSD que votaram neste partido em 1995 voltariam agora a fazê-lo. O PCP assegura uma fidelidade de 64,7 por cento (70,6 em Fevereiro) e o CDS/PP 48,1 por cento (52,2 em Fevereiro).
O Barómetro DN/TSF/Universidade Moderna revela ainda que Jorge Sampaio e António Guterres são os políticos mais estimados pelo eleitorado.
No painel da direita, Paulo Portas, novo líder do PP, conquistou logo o quarto lugar, com um saldo positivo de 6,2 por cento.
Acima dele só Pedro Santana Lopes, que subiu 2,9 por cento e lidera a lista de personalidades da direita, destronando Durão Barroso, que ocupava a primeira posição em Fevereiro.
Marcelo Rebelo de Sousa caiu 15 pontos e tem agora um saldo negativo (-9,7 por cento).
Esta sondagem decorreu entre os dias 21 e 22 de Março e os inquéritos foram realizados em 41 freguesias de Portugal continental.
O processo de recolha de informação utilizado foi a recolha directa (porta a porta), através de um inquérito estruturado onde estava anexado um boletim de voto.
Foram considerados 123 pontos de amostragem e foram validados 1415 inquéritos, afirma o DN, salientando que o erro máximo cometido, a um nível de confiança de 95 por cento, é de 2,6 por cento.
A Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) vai realizar o seu congresso no próximo dia 30 de Maio, devendo a 8 e 9, eleger o respectivo presidente e delegados à reunião magna.
A decisão foi tomada segunda-feira, durante uma reunião da Comissão Política da FAUL, destinada a marcar a data da eleição da Federação lisboeta, bem como a dos delegados ao congresso, a eleição da Comissão Organizadora do Congresso (COC) e a analisar a situação política.
Na reunião foi, ainda eleito, para a presidência da COC (de nove elementos), o camarada Ramos Preto, membro da Comissão Nacional.
Presentes na reunião da Comissão Política da FAUL, composta por 68 membros, além de Jorge Coelho, estiveram os camaradas Vitalino Canas, Rui Cunha, Guilhermino Rodrigues, Joaquim Raposo, João Benavente e Maria da Luz Rosinha.
Saiu o nº 12 de «Rosa Jovem», o boletim informativo da Juventude Socialista de Ferreira do Alentejo, agora ainda mais participado e disponível na Internet, em http://www.terravista.pt/meiapraia/1402/.
Para além de uma completa informação sobre as diversas iniciativas levadas a cabo por esta estrutura, destaque nesta edição para a entrevista ao camarada Mário José Camacho dos Santos, presidente da Mesa da Assembleia Geral da JS/Ferreira do Alentejo, que afirma, entre outras críticas a António Saleiro, ter demorado muito tempo a demitir-se do cargo de governador civil.
Entretanto, o núcleo da JS de Ferreira do Alentejo, emitiu um comunicado assinado pelo camarada Aníbal Reis Costa, e dirigido a todos os militantes desta estrutura e todos os núcleos da JS do Baixo Alentejo.
No comunicado a JS/Ferreira do Alentejo sublinha que «tem assumido uma postura de defesa intransigente da dignidade do PS no Baixo Alentejo. Por isso, entendemos tomar atitudes que são de extrema importância para a preservação da imagem de credibilidade do PS, credibilidade essa, fruto da capacidade de trabalho e dedicação (sem esperar nada em troca) de muitos militantes, eleitos locais e dirigentes nacionais».
O ministro do Planeamento, João Cravinho, reafirmou, na passada segunda-feira, o total rempenhamento do Governo na grande reforma do Estado que é a regionalização, que classificou como «a reforma das reformas».
João Cravinho falava na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, durante um encontro de dirigentes e autarcas socialistas das federações de Viana do Castelo, Braga e Porto, que contou com a participação do alto-comissário para a Regionalização, Eduardo Cabrita.
Este encontro foi o culminar de outros realizados em Braga e Monção promovidos pelas federações distritais de Viana do Castelo, Braga e Porto, e que envolveram, primeiro presidentes de Câmara, depois deputados da Assembleia da República e que agora se juntaram para traçar objectivos com vista à defesa da ideia regional, poucos dias depois de ter sido aprova da no Parlamento a Lei da Criação das Regiões Administrativas, que este ano deverá ser colocada a referendo dos portugueses.
Os dirigentes socialistas da Região de Entre Douro e Minho tiveram a oportunidade de apreciar e discutir não só as intervenções dos altos responsáveis, mas também de discutir a realização do Congresso da Região que, espera-se, agregue não só os quadros do PS, mas igualmente e sobretudo personalidades independentes que defendem a regionalização como patamar de modernização do Estado.
Na sua intervenção, João Cravinho, que se encontrava ladeado pelos camaradas Narciso Miranda e Fernando Gomes, sublinhou que a regionalização é um projecto que «não se pode adiar e que terá de vir à luz ainda nesta legislatura».
João Cravinho disse que «ninguém deixará de concordar que este País é demasiado centralista. E um Estado centralista não só não funciona, como proporciona a existência de feudos e arbítrios. Por isso, chegou o momento de dar a machadada».
A Secção da Ribeira Grande do PS, num comunicado do dia 27, manifestou-se «apreensiva com a ausência de um Plano Desportivo Municipal que possa garantir uma estratégia de desenvolvimento sustentado para a cidade e para o concelho».
Esta estrutura do PS defende que «um dos pilares fundamentais do crescimento da prática desportiva passa pela existência de instalações condignas que possam proporcionar aos cidadãos o fruir de um dos direitos essenciais da vida quotidiana».
Neste sentido, a Secção do PS/Ribeira Grande «exige a imediata planificação do futuro Parque Desportivo da cidade da Ribeira Grande que deve comportar um conjunto de estruturas como um campo de futebol relvado, campo de treinos, pavilhão municipal, polidesportivo, piscina e courts de ténis».
A Secção da Ribeira Grande do PS «propõe que a zona da cidade mais adequada, até porque já possui uma das estruturas citadas, é toda a área envolvente do actual campo de futebol municipal».
O deputado socialista Jorge Lacão é o novo responsável pelo Gabinete de Estudos da Federação do PS do Distrito de Santarém.
A designação de Jorge Lacão visa, segundo o presidente da distrital socialista, Carlos Cunha, dinamizar o Fórum Ribatejo, projecto resultante de um trabalho de «levantamento global da situação económica e social do distrito na perspectiva de um conceito de desenvolvimento regional integrado».
O trabalho, elaborado em 1995 no quadro dos Estados Gerais para Uma Nova Maioria, foi publicado sob o lema «O Ribatejo que temos, o Ribatejo que queremos», tendo sido apresentado como «um guia inspirador numa perspectiva de médio prazo e, mesmo, de projecto de geração», segundo uma nota da Federação Distrital do PS.
Decorridos três anos, a Federação Distrital do PS quer «mobilizar de novo a disponibilidade de quantos queiram e possam dar o seu contributo à causa do desenvolvimento regional», sublinhando que «o Ribatejo que queremos» está «muito para além de um projecto partidário no sentido restrito de um projecto de poder».
Os camaradas Jorge Lacão e Carlos Cunha deverão agora estabelecer a equipa coordenadora do Gabinete de Estudos, sendo posteriormente constituídos grupos de trabalho sectoriais «que interdisciplinarmente se relacionarão entre si no quadro do grupo de dinamização do Fórum Ribatejo».
Entre as áreas de intervenção já definidas contam-se uma para a «qualificação, solidariedade e bem-estar», que inclui a educação e formação, acção social e saúde, emprego e qualificação, juventude, desporto e tempo livres, cultura e património e protecção civil, outra para o «desenvolvimento regional» - programas de apoio ao investimento regional e local, actividades económicas, desenvolvimento urbano, desenvolvimento do mundo rural, ambiente e recursos naturais, infra-estruturas de energia, comunicação e transporte.
A terceira área apontada visa o «aprofundamento da cidadania e aperfeiçoamento da democracia» - perspectivas de descentralização, da regionalização, da modernização administrativa e da garantia dos direitos dos cidadãos.
O eurodeputado socialista Carlos Lage participou no dia 28 num debate realizado pela Secção de Valbom.
A análise da situação política e o processo de regionalização foram os temas em discussão.
Centenas de militantes participaram activamente no «Encontro nacional de trabalhadores socialistas da EDP», que decorreu no dia 28, no Hotel Roma, em Lisboa, e que teve como notas dominantes as críticas contundentes ao actual modelo de gestão na EDP, tendo sido aprovado por unanimidade e aclamação um pacote de conclusões, em que os trabalhadores socialistas criticam o «centralismo imobilista da actual gestão», e a «ausência de democracia e comunicação que permita o desenvolvimento e empenhamento dos trabalhadores na mudança na EDP».
Os socialistas denunciam «a segregação» a que estão sujeitos os trabalhadores apoiantes da Nova Maioria, bem como os trabalhadores das empresas de serviços.
«Os projectos de reestruturação não sustentados numa visão dos pontos de partida que são a EDP real» é outra das conclusões do encontro.
Segundo a Coordenadora Nacional dos Trabalhadores Socialistas da EDP, «estes factos, arrastados no tempo, conduziram os trabalhadores a um estado de perplexidade e desmotivação jamais sentido no sector eléctrico».
A adesão dos trabalhadores ao encontro do dia 28 «demonstra inequivocamente a vontade de ver lançada uma política de inversão a este estado de acentuada degradação da gestão da qualidade e do serviço público pelo qual a EDP detém uma cultura de prestação competente».
Para a Coordenadora Nacional dos Trabalhadores Socialistas da EDP, «existe a fundamentada expectativa que num horizonte próximo, se vão retomar os padrões de gestão participada, dinâmica e humanizada com respeito pelos valores sufragados em Outubro de 1995».
Estes objectivos, na opinião desta estrutura socialista, «só
serão concretizados por quadros, trabalhadores e equipas que acreditam
neste projecto de mudança».