O ministro dos Negócios Estrangeiros, Jaime Gama, encontra-se em Moçambique, em visita oficial desde ontem.
A estada do ministro Jaime Gama prolongar-se-á até sábado, fazendo parte da sua agenda audiências com o Presidente da República, Joaquim Chissano, com o primeiro-ministro, Pascoal Mocumbi, com o presidente da Assembleia da República de Moçambique, com os lideres das bancadas parlamentares, com o presidente da Renamo, Afonso Dlhakama, e com empresários portugueses.
Amanhã, Jaime Gama inaugura a delegação
da RTP África e visitará a Beira, no Sábado, último
dia da visita, o ministro dos Negócios Estrangeiros desloca-se à
Ilha Inhaca para visitar um empreendimento turístico português.
Quinta do Mocho
O degradadissimo bairro da Quinta do Mocho, no concelho de Loures, tem, finalmente, os dias contados. A urbanização da Quinta do Mocho ficou inacabada devido a falência do empreiteiro, tendo sido ocupada, há 20 anos, por famílias maioritariamente africanas.
O passo decisivo para o fim deste bairro foi dado por Leonor Coutinho, secretária de Estado da Habitação, com a assinatura de um protocolo que prevê a completa reconversão da degradada Quinta do Mocho até ao final de 1999.
Como muitos dos 3500 habitantes da Quinta do Mocho são operários da construção civil, a empresa responsável pela construção dos novos 680 habitações, comprometeu-se a empregar prioritariamente os habitantes na empreitada.
Para Leonor Coutinho, a nova Quinta do Mocho não será
mais um «gueto» pois, além das habitações
destinados a realojar os actuais moradores, está prevista a construção
de equipamentos essenciais às actividades económicas, duas
escolas e instalações na área da saúde. Paralelamente
serão ainda construídos 1500 fogos de média e alta
qualidade, distinados à venda livre.
Porto, Capital Europeia da Cultura
A decisão da União Europeia sobre a candidatura do Porto a Capital Europeia da Cultura no ano 2001 foi adiada para o primeiro semestre de 1998, durante a presidência britânica da União Europeia.
Segundo Manuel Maria Carrilho, ministro da Cultura, o adiamento ficou a dever-se a divergências entre os governos responsáveis pela escolha, já que, ao que tudo indica, o estatuto de Capital Europeia da Cultura deveria ser atribuído, em simultâneo, às cidades do Porto e de Roterdão. Recorde-se, ainda, que a candidatura do Porto mereceu um «forte apoio» da França, Bélgica, Irlanda e Finlândia.
Além do Porto, disputam o galardão seis outras cidades - Basileia, Génova, Lille, Riga, Roterdão e Valência.
Realizou-se no passado fim-de-semana em Brest, França, o congresso do Partido Socialista Francês, com 3500 participantes.
Lionel Jospin, primeiro-ministro, foi a grande vedeta deste último congresso do século XX. O seu sucesso governativo à frente da coligação de esquerda, transformaram-no no homem providencial que pacificou o PSF, trazendo-o para a primeira linha da actualidade política.
A moção A apresentada por François Hollande, primeiro-secretário do partido, recolheu 85 por cento dos votos durante o sufrágio que se realizou nas diversas federações, enquanto a moção C, apresentada pela corrente «Esquerda Socialista», obteve 10 por cento dos voto.
Também uma sondagem recentemente publicada revela a enorme popularidade que Jospin goza entre os franceses. Assim, 61 por cento dos franceses demonstram confiança no primeiro-ministro, 69 dizem «apreciar a sua maneira de governar» e 68 por cento gostam da «sua personalidade».
Este congresso de Brest marca decisivamente a passagem do socialismo francês para a social democracia à moda de Jospin, dado que durante o congresso operou-se uma mudança ideológica importante com a aceitação, embora crítica, da economia de mercado.
Presença inédita em Brest foi a do secretário-nacional do Partido Comunista Francês, Robert Hue. «Nós governamos juntos, ganhámos as eleições juntos, é normal, estarmos presentes em Brest», explicou Robert Hue, que foi triunfalmente acolhido pelos congressistas socialistas.
(JMV)