PARLAMENTO EUROPEU




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SOCIALISTAS NO P. E. APRESENTAM RESOLUÇÃO SOBRE INTEMPÉRIES

Os deputados socialistas portugueses no Parlamento Europeu entregaram na semana passada uma resolução em que pedem à Comissão Europeia que, em colaboração com o Governo português e as autoridades locais das zonas afectadas pelo mau tempo nos distritos de Beja, Faro, Setúbal e Lisboa, conceda um financiamento especial que permita minorar os prejuízos materiais e humanos desta catástrofe.

Na resolução, os eurodeputados socialistas pedem que seja promovida a utilização concertada dos vários fundos e programas comunitários, designadamente através do Interreg II, de forma a que se restabeleça a situação das populações mais afectadas e que as actividades económicas possam recuperar.

A iniciativa dos eurodeputados socialistas portugueses sublinha também «a pronta ajuda das autoridades locais, regionais e nacionais, o empenho do Governo, autarcas e serviços camarários, bombeiros autoridades policiais e militares, serviços de protecção civil, Cruz Vermelha, Cáritas, entre outras organizações».

Além de lamentar as perdas em vidas humanas e manifestar solidariedade para com as populações afectadas, a resolução descreve a situação considerando que se verificaram «chuvas torrenciais que provocaram o transbordar de inúmeros rios, cheias e inundações, estragos nas infra-estruturas, na agricultura e na pecuária, cortes de estradas, de energia eléctrica e de comunicações, encerramento de barras e portos, inúmeras famílias desalojadas, estragos em residências e estabelecimentos comerciais e perda de vidas humanas».




RESOLUÇÃO SOBRE ACONTECIMENTOS NOS AÇORES

Entretanto, os eurodeputados socialistas já apresentaram uma outra resolução sobre os temporais que destruíram uma parte da Ilha de S. Miguel.

Os parlamentares socialistas pretendem que a Comissão Europeia dê uma rápida resposta às solicitações do Governo português e do Governo Regional dos Açores para minorar os prejuízos provocados pelos temporais que assolaram os Açores, particularmente a Ilha de S. Miguel.

Na resolução, assinada por Luís Marinho, presidente do Grupo Parlamentar Socialista Português no Parlamento Europeu, e Quinídio Correia, da Madeira, lamenta-se as 29 vítimas mortais e os inúmeros feridos, os avultadíssimos estragos e a destruição de infra-estruturas e de propriedades privadas e públicas.

Depois de manifestar o pesar pelos trágicos acontecimentos e a solidariedade às vítimas e suas famílias, bem como às autoridades locais e regionais, a resolução «apela à Comissão para que dê uma resposta rápida às solicitações das autoridades no sentido de fazer face às necessidades decorrentes da reconstrução da região»




FUNDO DE COESÃO

Os eurodeputados socialistas portugueses e espanhóis garantiram que o Fundo de Coesão se manterá independente do cumprimento dos critérios de passagem à moeda única e do pacto de estabilidade, de forma a que possam continuar a ser elegíveis os países que participam no primeiro grupo do euro a partir de 1 de Janeiro de 1999.

Esta solução de compromisso entre portugueses e espanhóis, obtida na reunião do Grupo Socialista para preparação da sessão plenária, foi alcançada no quadro da discussão do primeiro relatório da Comissão sobre a Coesão Económica e Social, numa acção para contrariar as várias pressões de forças políticas alemãs e inglesas que defendem o fim do apoio deste fundo aos países que tenham feito com êxito o esforço de ajustamento estrutural exigido pela participação na moeda única.

Esta posição pretende reforçar a acção conduzida pelo primeiro-ministro, António Guterres, junto dos chefes de Estado e de Governo dos Quinze, e sobretudo do chanceler alemão Helmut Khol, para a manutenção da elegibilidade de projectos nacionais para que os países da coesão não sejam penalizados.

«Trata-se de uma escaramuça entre os países da coesão e os restantes Estados-membros que revela dificuldades sobre o financiamento futuro da União. Até este momento, em torno da unidade, estamos a conseguir que os socialistas europeus nos apoiem e sejam sensíveis aos nossos argumentos. Mas como é evidente, a breve trecho, chegará o momento da verdade, designadamente quando se proceder à análise do regulamento dos Fundos Estruturais. Não estamos optimistas nem pessimistas. Estamos, isso sim, determinados a convencer os nossos aliados europeus da especificidade do caso português», afirmou Luís Marinho, vice-presidente do Parlamento Europeu.