PS EM MOVIMENTO



MADEIRA
CONVENÇÃO REGIONAL

Realizou-se no passado domingo, dia 11, a V Convenção Regional do PS/Madeira.

A sessão de abertura esteve a cargo do presidente honorário do PS/Madeira, João Conceição. Francisco Assis, presidente do GP/PS na Assembleia da República, e Mota Torres, presidente do PS/Madeira, intervieram na sessão de encerramento.

Presentes, para além dos congressistas e de numerosos militantes, o secretário nacional para a Organização, António Galamba, o presidente da Comissão Regional do PS/Açores, Martins Mota, o dirigente do PSOE-Canárias, Luís Fajardo Spínola, e a dirigente da JS nacional, Ana Catarina


24º ANIVERSÁRIO
COLISEU DO PORTO
CONSOLIDAR O PODER LOCAL, CRIAR AS REGIÕES

Realizou-se, no passado sábado, no Mercado Ferreira Borges, no Porto, o almoço comemorativo do 24º aniversário do Partido Socialista. Ao almoço, em que participaram centenas de militantes, seguiu-se um comício/festa, no Coliseu do Porto, que contou com as intervenções políticas dos camaradas Sérgio Sousa Pinto, Narciso Miranda, Fernando Gomes e António Guterres.

António Guterres começou o seu discurso recordando a história e os valores do PS. «O PS tem futuro precisamente porque tem passado, porque tem história e porque tem valores; os valores da liberdade, da democracia, da igualdade, pelos quais sempre nos batemos como Partido antes e depois do 25 de Abril», referiu Guterres.

Para o Secretário-geral do PS, «existe hoje em Portugal melhor democracia, melhor economia e uma sociedade mais justa e solidária do que aquela que existia quando o PS tomou posse». Melhor democracia porque «acabou o abuso de poder de quem governa e porque acabou a crispação entre os órgãos de poder em Portugal», sublinhou António Guterres, exemplificando com a actual relação de diálogo, de respeito e de solidariedade institucional que o Governo mantém com os diversos órgãos de soberania. «Vive-se hoje em Portugal um clima de serenidade democrática que contribui para a melhor democracia do nosso País», disse.

Esta melhor democracia serviu de pretexto para António Guterres homenagear três figuras históricas do Partido. «Dois são fundadores do PS. Um deles lutador toda a vida pelo socialismo democrático - Tito de Morais. Outro é a referência maior do socialismo democrático pós-25 de Abril - Mário Soares. O terceiro não é hoje o Presidente do PS, é o Presidente de todos os portugueses - Jorge Sampaio».

Neste seu discurso de comemoração dos 24 anos do PS, o Secretário-geral, António Guterres, deu particular ênfase a dois aspectos políticos da maior importância e actualidade: a situação económica portuguesa e as próximas eleições autárquicas. 

Melhor democracia, melhor economia

Relativamente à actual situação económica, António Guterres referiu que «todos os órgãos independentes internacionais são unânimes nos elogios à política económica e ao comportamento da economia portuguesa». «Podemos mesmo dizer com orgulho que somos o único país europeu que conseguiu ao mesmo tempo a estabilidade económica no caminho para a moeda única, o crescimento económico, a luta contra o desemprego e a melhoria do poder de compra de quem trabalha no nosso País». E acrescenta, que tudo isto foi feito «em ruptura com a política económica do passado».

Uma sociedade mais justa e solidária, onde os valores do sucesso individual a qualquer preço deram lugar aos valores da solidariedade, referiu António Guterres, acrescentando que «nós não escondemos a pobreza como outros o faziam, nós sabemos que ela existe e para a combater criámos o Rendimento Mínimo». 

«Pataca para mim, pataca para ti»

António Guterres manifestou alguma preocupação pela forma como a oposição tem procurado fazer acordos autárquicos pré-eleitorais com a única preocupação de derrotar os autarcas socialistas, de que o acordo PSD/PP do Porto é paradigmático. Para António Guterres, este acordo foi negociado na base do princípio da «pataca para mim, pataca para ti», pelo que, sublinhou, constitui «a maior homenagem que podiam prestar à dedicação dos autarcas socialistas no distrito».

«Durante semanas, assistimos a um folhetim em que não se discutiu uma única ideia sobre projectos para a Área Metropolitana do Porto e para a melhoria de vida dos cidadãos», referiu António Guterres.

Outro exemplo desta ridícula vertigem de derrubar presidentes de Câmara socialistas, está em Almodôvar, na coligação entre o PSD e o PCP.

Guterres recordou que quando o PS estava na oposição, «surgiram propostas para coligações autárquicas com o PCP que sempre recusei porque não me quero limitar a derrubar os presidentes de Câmara dos outros partidos, prefiro promover projectos».

«Parece que aqui no Porto surgiram várias alianças que, em todos os casos, têm também por objectivo derrubar presidentes de Câmara socialistas. Nós não queremos derrubar presidentes de Câmara, queremos implementar políticas», frisou António Guterres.

«A democracia é de valores, não é um jogo, um negócio ou uma partilha de poderes», considera António Guterres, razão pela qual apela ao PS para que, «sejam os outros o que forem, consiga ser o que sempre foi: fiel aos seus princípios e valores, um partido moderno, mas fiel à sua identidade».

(José Manuel Viegas) 

REPENSAR E REABILITAR O MONTIJO

A deputada socialista Maria Amélia Antunes apresentou, no dia 9, no Montijo, a sua candidatura à liderança da autarquia montijense, numa sessão pública que decorreu no Cine-Estúdio Parque desta cidade.

«Assumi a responsabilidade de me candidatar à Presidência da Câmara Municipal do Montijo, após a indicação do meu Partido. Faço-o com a consciência serena de quem sempre entendeu os cargos políticos com espírito de missão e sentido de servir os outros», disse, em carta aberta aos montijenses, Maria Amélia Antunes.

No discurso de apresentação da sua candidatura à autarquia do Montijo, a deputada socialista confessou que considera este desafio «uma enorme responsabilidade», mas prometeu não defraudar as esperanças de quem confiar nela e acreditar que a candidatura do Partido Socialista «consubstancia um projecto credível de desenvolvimento para o futuro da nossa terra e para a qualidade de vida das populações.»

Maria Amélia Antunes apontou para o começo de uma jornada não isenta de dificuldades, mas da qual, na opinião da candidata, nenhum dos elementos integrantes do projecto socialista se deverá eximir, «porque nos levará à vitória nas próximas eleições autárquicas.»

Para a deputada do PS o tempo que se aproxima é de opções. Os eleitores deverão escolher se pretendem deixar que o Montijo se mantenha «despersonalizado, sem qualidade de vida», em suma, mais um dormitório de Lisboa, ou construir um concelho «próspero, solidário, alicerçado nas propostas do Partido Socialista, que traduzirão a vontade e o querer dos montijenses.»

Maria Amélia Antunes fez um balanço sintético e negativo do estado em que a administração PCP do Montijo deixou o concelho.

«Por acção de quem ainda faz fé em ideias e métodos decadentes, Montijo é hoje um concelho onde a palavra liberdade se torna nalguns locais, frequentemente clandestina. Os intelectuais montijenses são desprezados, os trabalhadores municipais são perseguidos, a fidelidade ideológica sobrepõe-se à competência, favorece-se a incompetência e o compadrio, corrompem-se princípios e valores, lançou-se o Montijo para um beco de difícil saída», alertou a candidata socialista.

Depois de falar em problemas sociais como a pobreza e a toxicodependência, que martirizam a população do Montijo, Maria Amélia Antunes apelou a uma participação de todos os montijenses para que seja possível a reabilitação destes sectores da sociedade residente no concelho.

Como solução, a deputada socialista apontou uma necessária e urgente afirmação de valores e uma gestão municipal transparente, autêntica, honrada, ética e justa.

Tendo consciência de que a sua candidatura visa um concelho marcado por uma singular divisão territorial - as populações de Canha e de Pegões encontram-se a mais de 30 quilómetros da sede concelhia - Maria Amélia Antunes terminou o seu discurso de apresentação pública e oficial da sua candidatura à Presidência da Câmara Municipal do Montijo, com um apelo/proposta.

«É urgente repensar a zona de Canha/Pegões como de fundamental importância para o desenvolvimento do Montijo e, consequentemente, proceder a uma rápida descentralização administrativa que aproxime o poder das populações e reabilite estas com a política», terminou a parlamentar socialista.

(Maria João Rodrigues)