AUTARQUIAS
PS / PORTO UNIDO NO COMBATE AUTÁRQUICO
Os líderes das duas listas que se apresentaram a sufrágio aquando das eleições para a distrital da cidade Invicta, convergem totalmente na estratégia do Partido Socialista, tendo em vista o combate autárquico de Dezembro próximo. Diremos mesmo que a unidade é absoluta em volta de um mesmo objectivo: derrotar o PSD nas autárquicas e consolidar o projecto socialista do Governo de António Guterres.
Narciso Miranda, destacado vencedor e, portanto, presidente Distrital do Porto, e Manuel dos Santos, que protagonizou os votos minoritários, estiveram recentemente juntos e... sós, tendo passado a pente fino a situação política a nível distrital, com grande convergência de opiniões e total pragmatismo nos princípios enunciados. Como era de esperar, quer o prestigiado autarca, quer o ex-secretário de Estado do Comércio e actual deputado à Assembleia da República, demonstraram a sua «raça» política sabendo privilegiar o essencial em detrimento do acessório.
(João Lourival -
Correspondente em Matosinhos)
ELISA DAMIÃO POR OEIRAS
VAMOS MUDAR DE PRESIDENTE
Elisa Damião é a candidata do PS à presidência da Câmara Municipal de Oeiras. A apresentação da candidatura que decorreu no passado dia 1, no Auditório Municipal da Biblioteca, em Oeiras, contou com as presenças dos presidentes de câmaras de Lisboa, João Soares, Cascais, José Luís Judas, e de Sintra, Edite Estrela. Jorge Coelho, presidente da FAUL, Emanuel Martins, presidente da CPCO, e inúmeros militantes e simpatizantes quiseram manifestar o seu apoio a Elisa Damião, no arranque oficial da candidatura.
Emanuel Martins, na sua qualidade de presidente da Comissão Política Concelhia de Oeiras, fez a apresentação da candidata que terá «a responsabilidade de caracterizar o novo ciclo da vida do concelho». «Ter Elisa Damião como amiga, é ter a certeza de ter sempre alguém que nos ouve e que connosco de uma forma sentida partilha a busca das soluções para os problemas que nos preocupam», referiu Emanuel Martins, acrescentando que a eleição de Elisa Damião é a «resposta aos vários anseios manifestos no concelho, de uma população de olhos abertos para a obra realizada, que hoje questiona os seus custos humanitários e sociais, e se reflecte carente de um modo de vida equilibrado, sustentado e humanizado». E, referindo-se à presença dos presidentes do Partido Socialista das câmaras de Lisboa, Sintra e Cascais, Emanuel Martins conclui que a sua presença é um estímulo para acabar com o «enclave de Oeiras».
Elisa Damião recorda que «Oeiras ainda é no imaginário comum a bela vila pombalina do século XVII - romântica, tranquila, segura, limpa e ordenada - a imagem de marca que a tornou competitiva na atracção de investimentos de qualidade, que tem de ser recuperada», para concluir que hoje Oeiras «é um mito no que respeita a estas tradições».
Mas a ausência de qualidade com que se vive no concelho, hoje em dia, é, segundo Elisa Damião, devido à «construção desenfreada» e «pouco pensada com vista à sociedade do convívio entre as pessoas». As características de «dormitório» e as condições chocantes em que se sobrevive na «Pedreira dos Húngaros», são exemplos da falta de estratégia para o concelho onde a criminalidade, a insegurança e o consumo de drogas aumentam. «Estamos cada vez mais longe da convivialidade, da capacidade de inspirar e sustentar as pessoas», alerta a candidata do PS, adiantando que os «mais velhos, as crianças e as mulheres são prisioneiros da solidão urbana, enfrentando dramaticamente os mais simples actos do quotidiano».
Para Elisa Damião, os erros acumulados durante os dez anos de gestão Isaltino, apenas são encobertos pelos largos milhares de contos que a Câmara investe em «propaganda e foguetório, campanhas dispendiosas de imagem pessoal permanente, sem utilidade informativa ou cultural», porque os verdadeiros problemas do concelho não se resolvem. A decadência em que se encontram os vários Bairros Sociais, construídos nas décadas de quarenta e setenta, sem que a autarquia recorra aos programas RECRIA e REHABITA, para os recuperar, a par de um deficiente abastecimento de água e de uma completa rede de esgotos, são exemplos gritantes da falta de visão social que tem norteado a gestão laranja de Oeiras. Recorde-se que, «não obstante os progressos recentes dos SMAS, 1500 pessoas são ainda abastecidas por fontanários sem controlo sanitário (...) e que 48 793 residentes só têm rede de esgotos, não têm ETAR», isto num concelho com 150 000 habitantes.
A insensibilidade social não se fica por aqui. O concelho possui «8 mil desempregados e apenas 374 ofertas de emprego». A autarquia deveria ter promovido a instalação de um Centro de Emprego e Formação Profissional, ou de um Observatório de Emprego, mas «não mostrou interesse». Assim como também «desprezou os instrumentos de política social que o Governo colocou à sua disposição: o Rendimento Mínimo Garantido, a rede pré-escolar e as iniciativas locais de emprego». Mas há mais. Apesar da propaganda da Câmara, apenas 75 em cada mil idosos tiveram acesso aos centros de dia e lares, sendo que só 9 por cento dessa oferta foi de iniciativa pública.
A radiografia da desastrosa gestão Isaltino está traçada, «urge recuperar a confiança mútua, aproveitar a sinergia, propiciar o desenvolvimento de empresas cidadãs, bem como a emergência de associações e grupos cívicos que permitam a integração dos diversos grupos sociais e étnicos preenchendo a vida do indivíduo e da família de forma gratificante com uma nova cultura de lazer activo e de gestão do tempo», afirma Elisa Damião.
No final da sua intervenção, a candidata à Câmara de Oeiras, Elisa Damião, interrogou-se sobre o que mudou nos últimos dois anos em Oeiras para concluir que: «O Presidente da Câmara não mudou; nas últimas eleições autárquicas o PS aumentou consideravelmente a sua votação, logo a Vereação mudou, a Assembleia Municipal mudou, aumentou a influência socialista na gestão autarquia, com resultados evidentes na limpeza, tratamento dos resíduos sólidos e abastecimento de água, bem como na recuperação de bairros degradados; mudou ainda a gestão dos Concelhos limítrofes: Sintra e Cascais; e, finalmente mudou o Governo; Vamos mudar o resto!» Vamos mudar de Presidente de Câmara.
(José Manuel Viegas)
UM DIA AS BARRACAS VIERAM ABAIXO
A coligação de esquerda que governa (e bem) a cidade de Lisboa prossegue a sua guerra às barracas. Hoje mesmo às 15 horas o presidente da edilidade alafacinha, João Soares, acompanhado do vereador da Habitação, Vasco Franco, assistiu à operação de demolição de cerca de 60 barracas existentes no terreno fronteiro ao Centro Comercial Gemini.
Mais um passo foi dado na
política seguida pelo
executivo camarário de eliminar da capital as barracas e dar a todos
os seus munícipes uma habitação condigna. Afinal,
numa perspectiva de esquerda o direito à habitação
faz parte integrante dos direitos humanos, ao contrário da visão
minimalista da direita.
PS/OEIRAS ALERTA
ISALTINO ESTÁ EM PÂNICO
A Comissão Política Concelhia do PS/Oeiras denunciou num comunicado mais uma «manobra de baixa política» levada a cabo pelo autarca laranja Isaltino de Morais.
Para os socialistas de Oeiras, a manobra só pode ser compreendida «por algum pânico» provocado pelo anúncio da candidatura da socialista Elisa Damião à presidência da Câmara de Oeiras.
Em causa está a atitude «premedidata, persecutória
e autoritária» do presidente da edilidade de Oeiras de retirar
pelouros e tempo atribuído ao vereador do PS, Ruy Moreira Cravo.
Tal atitude, sublinham os socialistas, «resulta da manobra orquestrada
com a sua correligionária presidente da junta de freguesia de Algés
de transportar o ónus resultante do projecto de estacionamento condicionado
e colocação de parcómetros em Algés para o
vereador socialista».
PSD FAZ DEMAGOGIA EM PORTO SALVO
Entretanto, numa nota à Imprensa, a Comissão Concelhia de Oeiras responde a um comunicado à população de Porto Salvo com a chancela do PSD.
Os socialistas oeirenses constatam que o PSD «acordou da letargia a que esteve votado» ao mostrar-se «preocupado» com a construção da variante à estrada 249/3, mas «ignorou» durante este tempo todo a sugestão da sua necessidade aquando da construção da auto-estrada Lisboa-Cascais, apontada pelo vereador socialista de então Vieira da Luz.
«Quanto custavam então os respectivos terrenos
a expropriar?», perguntam os socialistas.
PAÇO DE ARCOS CONTRA PREPOTÊNCIA DE ISALTINO
A assembleia de freguesia de Paço de Arcos aprovou com os votos a favor do PS e da CDU e os votos contra do PSD e do PP uma moção em que não aceita o protocolo de delegação de competências para a junta de freguesia de Paço de Arcos por considerar, entre outros aspectos, que o montante que consta no protocolo é irrisório para a cobertura das competências que a Câmara de Oeiras pretende delegar e pelo facto da elaboração do protocolo se ter arrastado por mais de três anos para um mandato que dura apenas quatro.
A assembleia considera a atitude do presidente da Câmara de Oeiras «prepotente, arrogante e discriminatória».
(J. C. Castelo Branco)