TRABALHO

 

Conselho Geral da UGT

CENTRAL EXIGE REDUÇÃO DO IRS

A UGT exige que o IRS dos trabalhadores por conta de outrem diminua no próximo ano 5 por cento em relação a 1998.

Esta foi uma das principais reivindicações aprovadas pelo Conselho Geral da UGT reunido no dia 7.

A central da Buenos Aires defende também «o cumprimento integral do Acordo de Concertação Estratégica, quer no âmbito da legislação do trabalho quer nas restantes matérias acordadas» e que «futuros acordos de negociação colectiva tenham como base uma inflação previsível de 2,5 por cento».

Quanto ao Plano Nacional de Emprego, a UGT defende que ele seja objecto de um acompanhamento pelos parceiros socais, a iniciar já este mês.

A central sindical liderada por João Proença quer ainda que os sindicatos se continuem a bater por acordos que em média anual reduzam os actuais horários, nomeadamente, redução do horário semanal de trabalho, obtenção da 5ª semana de férias e alargamento do período de descanso semanal para dois dias e meio.

Grande precaridade do emprego

Na sua reunião do dia 7, o Conselho Geral da UGT constatou que «a inflação prevista pelo Governo em 2 por cento não vai ser alcançada» e que «os trabalhadores e reformados perdem poder de compra».

Quanto às reformas estruturais anunciadas pelo Governo, a UGT refere que se registam «atrasos significativos».

Embora constate que o desemprego tem vindo a baixar, a central da Buenos Aires sublinha que «o nível de emprego criado é de má qualidade e com uma grande precaridade».

(JCCB)

 

Inspecção - Banca e seguros

BCP/BPA LIDERA TRABALHO CLANDESTINO

Apesar dos seus excelentes resultados, consubstanciados em enormes lucros, a banca e os seguros continuam a recorrer ao trabalho suplementar não remunerado. Parece que o crime continua a compensar.

Esta é uma das conclusões que se pode tirar de mais uma acção levada a cabo em Maio pela Inspecção-Geral de Trabalho.

No total, foram levantados 538 autos, totalizando coimas que oscilam entre os 9,5 mil e os 95,9 mil contos.

Em montante de coimas aplicadas, o grupo BCP/BPA do conhecido banqueiro Jardim Gonçalves volta a estar no «top» das ilegalidades, com um mínimo de 1 451 contos. É obra.

A seguir ao BCP/BPA na lista negra, surge, pasme-se, a Caixa Geral de Depósitos, que, como instituição pública deveria dar o exemplo, com 927 contos e o Espírito Santo, com 815 contos.

Nas seguradoras, de um modo geral, os trabalhadores continuam a não estar seguros nem tranquilos quanto ao respeito dos seus direitos.

Neste sector, a Portugal Previdente e a Tranquilidade lideram o montante das coimas, ambas com um mínimo de 300 contos.

Espera-se que com o novo regime de sanções, que deverá entrar em vigor até ao final do ano, o crime passe a não compensar e os trabalhadores vejam respeitados os seus direitos.

(JCCB)