Pré-escolar
O Governo vai apoiar 216 jardins-de-infância das Câmaras Municipais, das Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) e privados com incentivos financeiros no valor global de 3,8 milhões de contos, permitindo o alargamento da oferta destes estabelecimentos de educação pré-escolar a mais 8 558 crianças.
Estes jardins-de-infância foram seleccionados através do concurso para financiamento de infra-estruturas, de equipamento e para apetrechamento de estabelecimentos de educação pré-escolar, lançado em Novembro de 1997 no quadro do Programa de Desenvolvimento e Expansão da Educação Pré-Escolar.
Os apoios financeiros serão canalizados já este ano pelas cinco Direcções Regionais de Educação, num esforça conjunto dos Ministérios da Educação e do Trabalho e Solidariedade.
Os critérios que presidiram à selecção dos projectos favoreceram as candidaturas que aumentavam a capacidade para acolher crianças com idades entre os três e cinco anos. A cobertura de zonas mais carenciadas e com riscos de exclusão social e escolar foi outro factor determinante.
O Norte foi a região mais beneficiada pelos resultados do concurso, tendo sido aprovados apoios no valor de 2,2 milhões de contos para 125 jardins-de-infância que vão acolher mais 4 730 crianças. Destes jardins de infância, 119 são de iniciativa municipal, três pertencem às Instituições Privadas de Solidariedade Social e três são de iniciativa privada.
Na área geográfica da Direcção Regional de Educação de Lisboa serão apoiados 38 jardins infantis, com 970 mil contos, para acolher 1 925 crianças.
Na área abrangida pela Direcção Regional de Educação do Centro serão apoiados 37 jardins de infância, com 400 mil contos, para albergar 1 368 crianças.
No Algarve, a Direcção Regional respectiva canalizará 171 mil contos para dez jardins que acolherão 355 crianças. Por seu turno, o Alentejo contará com apoios no total de 55 mil contos para seis jardins infantis com capacidade para 180 crianças.
Este programa aumentará a capacidade de acolhimento dos jardins de infância autárquicos, das IPPS e de iniciativa privada em mais 5 por cento.
No ano lectivo de 1997/98 estavam inscritas nestas instituições 170 mil crianças.
Ensinar adultos
O ministro-adjunto do primeiro-ministro, José Sócrates, e os secretário de Estado da Juventude e do Emprego, Miguel Fontes e Paulo Pedroso, respectivamente, presidiram, no dia 19, na Universidade da Beira Interior, Covilhã, à cerimónia de apresentação do Programa «Multimédia para Todos - Acções de Combate à Info-Exclusão».
O referido programa visa facultar aos adultos cursos de computadores ministrados por jovens em 270 centros espalhados por todo o País.
A apresentação do «Multimédia para Todos» foi efectuada em ligação directa com o secretário de Estado da Administração Educativa, Guilherme d’Oliveira Martins, através de uma vídeoconferência que pôs em contacto a Universidade da Beira do Interior com a Escola de Azeitão.
Terão acesso aos cursos todos os adultos desempregados inscritos nos Centro de Emprego e adultos envolvidos em campanhas de alfabetização do Ministério da Educação.
O ponto alto desta visita à Beira Interior de José Sócrates e de Miguel Fontes foi também o lançamento do Programa «InforJovem’98/99». Trata-se de uma iniciativa da Secretaria de Estado da Juventude que tem por objectivo a formação de mais de 200 jovens que posteriormente serão colocados nos Centros de Divulgação das Tecnologias e Informação existentes em Portugal e nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), onde irão exercer funções de formação.
A iniciativa tem início marcado para o dia 6 de Outubro próximo, prevendo-se que seja concluída seis meses depois.
Os destinatários do «InforJovem’98/99» são jovens dos 18 aos 24 anos de idade. Ao todo serão 214 formando nesta acção.
Recorde-se que desde 1986 o Programa «InforJovem» tem vindo a proceder à formação de milhares de jovens, registando-se em médias 3o mil inscrições anuais nos Centro de Divulgação das Tecnologias de Informação (CDTI’s).
Com a finalidade de assegurar o funcionamento dos CDTI’s e a qualidade pedagógica ao nível da transmissão de conhecimento na área da informática, o «InforJovem» forma os seus próprios monitores, através de acções de formação, tendo formado, entre 1986 e 1997, mais de 2 400 monitores.
Este programa é, pois, um importante contributo para a adequada formação e valorização doas jovens com vista ao alargamento dos seus conhecimentos e à sua integração na vida activa, bem como um meio fundamental de divulgação das tecnologias de informação em todos o nosso país, em particular nas regiões do interior.