EDITORIAL




PORTUGAL, PAÍS DE FUTURO

Portugal obteve esta semana, em Bruxelas, uma vitória histórica ao iniciar com mais 10 países o «novo mundo» do euro. Coube, mais uma vez, a um Governo socialista protagonizar um dos pontos mais altos e decisivos da nossa História recente.

Contra um conjunto de previsões pessimistas feitas há dois anos e meio sobre o caminho de Portugal e dos portugueses para a moeda única, protagonizados pelos «profetas da desgraça», o Governo soube, em cada momento, adoptar as medidas concretas e necessárias para que o País conseguisse cumprir os apertados critérios de convergência macro-económica.

Portugal entrou para o euro sem ser puxado pelo carro vassoura da União Europeia. Portugal cresceu mais do que a média europeia, com menos desemprego e com mais investimento e consumo. Para isso foram precisas reformas, alguns sacrifícios e, sobretudo, muito sentido de Estado, num momento em que a oposição ocupa o tempo na vã tentativa de minar a relação entre o Governo e os cidadãos.

Virado para uma política populista da extrema-direita à extrema-esquerda o PSD, saído do congresso algarvio, tenta destruir aquilo que quando governou nunca soube construir - uma relação de confiança entre governantes e governados -, por isso, hoje, tentam destruí-la a todo o custo.

A presente atitude do PSD marcelista, a quem competia apresentar alternativas credíveis para o País, centra-se numa louca corrida para enganar eleitor, ora coligando-se com o PP, ora criando governos sombra de onde expurga o seu aliado eleito, demonstrando sempre uma enorme incapacidade de responder aos principais problemas dos portugueses.

Este novo PSD que quer e não quer participar das reformas estruturais a introduzir no País, que nunca avança com uma única ideia, que gostaria que o Governo não tivesse políticas sociais, apesar de dizer o contrário, não tem ideias, nem soluções, por isso escolheu a via fácil do discurso populista com o objectivo único de conciliar descontentamentos.

Em contrapartida, o Governo vai avançando com a sua política económica e social, num respeito pela iniciativa privada e capacidade empresarial, mas tendo por o objectivo principal a promoção da igualdade de oportunidades e a justiça social.

A REDACÇÃO