PARLAMENTO EUROPEU




INFLAÇÃO PORTUGUESA ABAIXO DA MÉDIA COMUNITÁRIA

Portugal atingiu em Outubro uma taxa de inflação de 1,6 por cento, isto é, 0,1 por cento inferior à média comunitária, segundo divulgou o Gabinete Europeu de Estatísticas, Eurostat.

Uma inflação idêntica à portuguesa têm também a Dinamarca e a Finlândia.

Este nível histórico da inflação é mais ou menos acompanhado pelos restantes países da União Europeia. Assim, a Irlanda regista o nível de inflação mais baixo (0,8 por cento), logo seguida da França e da Áustria, com 1,1 por cento.

Vem depois a Bélgica (1,2 por cento) e a Alemanha (1,4 por cento). Quanto aos restantes Estados-membros, o Luxemburgo tem 1,7 por cento, a Espanha 1,8 por cento, a Itália 1,8 por cento, e a Grã-Bretanha 1,9 por cento, a Holanda 2,4 por cento, a Suécia 2,7 por cento e a Grécia 4,6 por cento.




CUSTOS DA INTEGRAÇÃO DOS PAÍSES DE LESTE

«A integração na União Europeia dos cinco países da Europa Central e Oriental terá custos socioeconómicos que deverão ser levados em consideração», afirma um estudo do Parlamento Europeu recentemente publicado.

Intitulado «Social policy and social welfare systems in Poland, Hungary, Czech Republic, Slovenia and Estonia», o estudo considera «enormes» os desafios em matéria social que terão de enfrentar os países ex-comunistas.

Os enormes desafios que estes países têm pela frente prendem-se, sobretudo, com «um financiamento inadeaquado, exacerbado pelas novas políticas de austeridade, reformas administrativas lentas e a acção de certos grupos de interesse, a ineficácia dos estabelecimentos de cuidados de saúde, as perdas de empregos provocadas pelo encerramento das indústrias obsoletas, as ameaças ambientais, uma importante economia paralela, a corrupção activa e passiva e, obstáculo maior, o crime organizado».

A liberdade de circulação merece uma atenção especial, pois é «necessário evitar, dando uma grande prioridade às questões sociais, o êxodo de milhões de pessoas que quererão fugir da pobreza».

O estudo critica a lentidão do desenvolvimento dos países candidatos ou a sua incapacidade para se adoptarem às normas comunitárias.

E prevê que poucos, ou nenhuns, dos problemas identificados possam ser resolvidos num futuro próximo devido à falta de meios financeiros, de competência técnico-profissional ou de determinação política.

Segundo o documento, as perspectivas algo negativas para o mercado de trabalho e para a coesão social, conjugadas com um fraco nível de compreensão das questões europeias, podem originar o aparecimento de reacções nacionalistas irracionais.

O estudo preconiza que desde o início se estabeleça claramente que o alargamento terá «um custo».