A SEMANA



PRESIDENTE DO GOVERNO DOS AÇORES RECEBIDO EM ALIJÓ

Carlos César visitou o concelho de Alijó no passado dia 16, tendo sido recebido no Salão Nobre dos Paços do Concelho daquele município duriense pelo presidente da Câmara, Joaquim Cêrca, pelo presidente da Assembleia Municipal, António Martinho, por vereadores, deputados municipais e por muitos alijoenses.

Na sessão de boas-vindas, o presidente da Câmara caracterizou o concelho de Alijó e realçou alguns pontos de contacto entre este e a Região Autónoma dos Açores.

Carlos César, por seu lado, falou da sua experiência política como deputado e presidente do Governo Regional dos Açores, enunciou alguns problemas que resultam da insularidade e da interioridade, defendeu medidas de discriminação positiva para o desenvolvimento destas regiões e lançou um apelo à solidariedade das regiões mais ricas para com as regiões com problemas de desenvolvimento.

Mas para que não restem dúvidas quanto às exigências de clareza e transparência nas relações do poder central com o poder regional, Carlos César defendeu a aprovação de uma Lei de Finanças Regionais, tal como existe a Lei das Finanças Locais, cujas verbas entende devem ser reforçadas.

A postura do presidente Socialista do Governo Regional dos Açores mostra, por estas palavras, ser bem diferente da do presidente laranja do Governo Regional da Madeira que, duas semanas antes, esteve em Vila Pouca de Aguiar e que, num discurso totalmente desajustado, fez demagogia barata com referências a medidas do Governo e a atitudes do Presidente da República, sem qualquer ligação directa à problemática de Vila Pouca de Aguiar ou da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Nesta passagem pelo concelho de Alijó foi possível visitar, ainda, a Biblioteca Municipal, um lagar tradicional da Região Demarcada do Douro, em Vale de Merdiz e o rio Douro no Pinhão.

TITO MORAIS RECUPERA

O camarada Manuel Tito de Morais, presidente honorário do Partido Socialista, conseguiu vencer mais uma batalha. Foi com sucesso que, na passada quarta-feira, a equipa médica da Unidade de Cuidados Intensivos Respiratórios, do Hospital de Santa Maria, conseguiu desentubá-lo e desligá-lo do ventilador artificial a que se encontrava ligado há algum tempo. Manuel Tito de Morais depois do trabalho notável da equipa do UCIR, regressou à neurocirurgia onde continua a sua recuperação. O «Acção Socialista» renova os desejos de um rápido restabelecimento.

PORTUGAL RECONHECE REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

O Governo reconheceu, na passada segunda-feira, a recém-proclamada República Democrática do Congo «Estado sucessor da República do Zaire nas suas fronteiras internacionais aceites».

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros reafirma a «vontade de estabelecer uma relação assente nas ligações históricas de amizade e cooperação que unem os dois Estados e conforme os princípios do Direito internacional», e «congratula-se pela forma como a aliança das Forças Democráticas para a Libertação do Congo-Zaire assumiram o controlo da cidade de Kinshasa, permitindo uma situação de transição sem violência generalizada».

No referido comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo português «reitera a sua disponibilidade para cooperar com as autoridades da República Democrática do Congo e com a comunidade internacional» com vista a que a transição democrática seja feita com a participação de «todos os partidos representativos das diversas sensibilidades sociais». Essa transição deverá ser feita, refere o comunicado, através da realização de «eleições livres e justas no mais curto espaço de tempo possível».

O Executivo apela ainda para que as novas autoridades tomem «todas as medidas que assegurem um efectivo respeito dos direitos humanos e para que colaborem no livre acesso de assistência humanitária aos refugiados e deslocados de guerra» em todo o país.

A comunidade portuguesa radicada no antigo Zaire é também saudada pelo seu comportamento exemplar «ao longo dos acontecimentos», mostrando disponibilidade em continuar a «prestar um contributo significativo para o desenvolvimento» da nova República Democrática do Congo.