A SEMANA



SOUSA FRANCO RESPONDE

O ministro das Finanças, Sousa Franco, a propósito das recentes notícias difundidas dando conta da posição do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República sobre a concessão do aval à União Geral de Trabalhadores (UGT) fez saber, no dia 8, em nota à Comunicação Social, que nunca foi informado do assunto pela PGR, pelo que não o comenta.

De qualquer forma, o ministro chamou a atenção para o facto de que qualquer acto ministerial só pode ser apreciado pelo tribunal competente, pelo que, como é evidente, «não se verifica qualquer alteração da situação.» 

VESTIR A EXPO

A Exposição Mundial de Lisboa 1998 terá fardas em tons de azul, amarelo e branco, com modelos exclusivos, criados especialmente para a ocasião pelo estilista José António Tenente.

A decisão foi tomada e anunciada no dia 13, durante o espectáculo Vestir a Festa, apresentado pela modelo de alta costura Sofia Aparício e pelo actor Diogo Infante, no Casino Estoril.

O evento enquadrou uma passagem de modelos de fardas propostos para a Expo'98. Cada um dos cinco estilistas concorrentes à fase final do concurso - Olga Rego, Ana Salazar, Isilda Pelicano, José António Tenente e a dupla Manuel Alves/José Manuel Gonçalves - criou e confeccionou 28 protótipos diferentes, 14 femininos e outros tantos masculinos.

Os uniformes foram exibidos por 40 manequins sob a coordenação de Paulo Gomes.

A parte musical foi dirigida por Pedro Osório e contou com as participações do Coro Cramol, de Ricardo Rocha (guitarra portuguesa) e João Paulo Silva (piano), de Dulce Pontes e de 24 violinistas.

EXPO E MNE ATRIBUEM PRÉMIO OCEANOS

Galardoados foram também um grupo de estudantes portugueses, alunos da Escola de La Rochelle, em França, que receberam o Prémio Oceanos.

O galardão é uma iniciativa do Programa Sete Mares, que pretende dar a conhecer a Exposição Mundial de Lisboa e o seu tema junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Assim, a iniciativa promovida pela Expo'98 e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros dirigiu-se a portugueses ou luso-descendentes residentes no estrangeiro.

O júri do Prémio Oceanos distingui com 500 contos os jovens vencedores e outros seis concorrentes com Menções Honrosas e viagens à Expo'98.

Dos contemplados com as referidas menções, a título individual encontram-se cinco jovens raparigas residentes nos EUA, na Bélgica, duas na Argentina e uma no Brasil.

Carlos Almeida Lopes, residente em França, foi o único rapaz contemplado com uma menção honrosa.

Ficou assim aplicada a verba global de 3.500 contos destinada à atribuição do Prémio Oceanos.

(Maria João Rodrigues)

ZAIRE, O REGRESSO ANUNCIADO

O Governo, através da Secretaria de Estado das Comunidades, recomendou, na segunda-feira, aos portugueses residentes no Zaire o seu regresso a Portugal. Esta decisão surge após o «aviso» efectuado pelos rebeldes para que os estrangeiros abandonassem a capital zairense.

«Tendo em conta os últimos acontecimentos no Zaire e consciente de que a situação na sua capital Kinshasa poderá vir a degradar-se, o Governo português recomenda a todos os portugueses que ali se encontram a se ausentarem temporariamente do país até que as condições de segurança se normalizem», refere o comunicado, cujo teor foi também divulgado para África através da RTP-Internacional.

Apesar da instável situação política, muitos dos 350 portugueses actualmente residentes no Zaire continuam a acreditar na possibilidade de um entendimento político entre Mobutu e Kabila, líder dos rebeldes, razão pela qual têm teimado em permanecer.

Entretanto, na terça-feira, partiu para Brazzaville no avião C-130 da Força Aérea, mais um lote de tropas composto por 30 «rangers» de Lamego e 40 fuzileiros, que irão reforçar o contingente de efectivos do Grupo de Operações Especiais da PSP, anteriormente enviado. Estes militares colocados na capital do Congo, na outra margem do rio Zaire, destinam-se a apoiar uma eventual operação de evacuação da comunidade estrangeira residente no Zaire.