EDITORIAL



A DIRECÇÃO
UM PARTIDO DE VALORES

O PS comemorou no Porto o seu 24º Aniversário. Ontem como hoje, a história, a ideologia e os valores distinguem-nos no combate ao preconceito, à irracionalidade e ao obscurantismo. O PS é, na definição de Sérgio Sousa Pinto, acima de tudo, um Partido de valores.

Ao invés, o PSD, considera António Guterres, é um partido que não tem ideologia, nem valores permanentes. E quando um partido não tem um corpo de ideias, guia-se apenas pela obsessão do Poder a qualquer preço. É isso que tem caracterizado o PSD.

As recentes alianças à direita como PP e à esquerda com o PCP na procura desenfreada de mais presidências autárquicas, são o exemplo paradigmático de quem procura o poder pelo poder. Não há a discussão de uma ideia, ou de um projecto, há apenas a mercearia de quem disputa lugares. Esta atitude caracteriza perfeitamente a memória do que de mais nefasto se herdou dos 10 anos de cavaquismo, onde os valores do sucesso a qualquer preço sempre se sobrepuseram aos do humanismo e da solidariedade.

Pego nas palavras do Sérgio Sousa Pinto, proferidas no Porto, «temos atrás de nós uma herança de mais de cem anos de luta por uma das ideias mais generosas que a humanidade soube gerar: a ideia do Socialismo». É aqui que reside o cerne da diferença entre o PS e o PSD. O PS é, e será sempre, o partido do humanismo e da tolerância.

«Batemo-nos pela igualdade: por uma igualdade que não conhece distinção de cor, raça ou cultura. Também isso faz de nós socialistas. Por isso não podemos admitir que se instale na sociedade a confusão sobre valores que são nossos. Todos os socialistas, com ou sem responsabilidades públicas, são, por definição, adversários do racismo e da xenofobia».